terça-feira, 13 de janeiro de 2015
100 Albuns de 2014 que você precisa conhecer
...E dando continuidade a lista de 100 Albuns de 2014 que você precisa conhecer, eis a minhas singelas sugestões. SIM, sugestões, apenas. Nada de "MELHORES DE 2014", e já revelo, critério zero, total subjetividade, escutamos e gostamos.
E pra trazer 100 albuns não foi fácil ó a galera de peso que trabalhou na lista:
Nada Pop,
Subverter,
Rock Ex Machina,
Licor de Chorume,
Musicombo,
Papo Alternativo,
Canibal Vegetariano e
O Despertar da Revolta
Então confiram abaixo as indicações de 57 a 67:
57. DxFxCx
Sequencia Animalesca de Bicudas e Giratórias
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Sobre: Bom, banda que ta ai faz muito tempo fazendo um hardcore rápido e sem frescura, dispensa apresentações.
58. Paura
Tameless
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Sobre: Hardcore, metal, mistura de respeito que tem levado a banda a lançar mais um contundente album esse ano. escuta ai que tá brutal.
59. Makumbah
A Queda
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Sobre: Banda pouco conhecida de Leme, interior de SP, albúm de estréia e logo de cara já apresentam uma mistura de Hardcore e Metal, resultando em um Crossover foda. Infelizmente a banda está meio parada, mas 2 dos membros dessa banda hoje tocam no projeto Ironias, vale a pena escutar também, só não saio na lista por que não deu tempo de indicar, mas também é digna de figurar por aqui
60. Chuva Negra
Meio Termo
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Sobre: Hardcore Melódico com letras altamente politizadas, escuta ai curte e vê se aprende alguma coisa
61. Anti-Corpos
Contra Ataque
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Sobre: Hardcore feito só por mulheres, feministas, ferozes. EP de respeito, pegada bem pesada.
62. Necro
Necro
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Sobre: Impressionante mistura de Black Sabbath com Secos e Molhados, direto lá de Maceió/AL. Som viciante, quando conheci escutei quase um mês todos os dias.
63. Barizon
Towards the Rising Sun
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Sobre: Mistura de Stoner, com Metal, com Hardcore, resultado, som inovador, muito marcante e viciante. Pode escutar sem medo de ser feliz.
64. Aloha Haole
If You Wanna Dance
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Sobre: Surfando nos rios de Teresina/PI o trio trás um Surf Music com muito Punk Rock. No meu caso que não tem mar por perto dá vontade de pegar o skate e descer a ladeira ralando os joelhos no chão. Total doidera.
65. Lomba Raivosa e Reject
Feijoada e Choripan
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Sobre: Vale split? Craro que vale, até porque Lomba Raivos e Reject merecem. Punk rápido, esgoelado e sarcástico ao máximo
66. Asfixia Social
DVD documentário "Dá Rua Pra Rua"
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Sobre: Ah mano, se vale split vale DVD também. E se é da rua pra rua tem que ter Hardcore e Rap. Assiste ai.
67. MAYO
Panacea Deluxe
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Sobre: Alternativo, musica calma, tem até violão, vocal bem afinadinho. Som diferente dos que figuram por aqui, mas não menos relevante para você escutar na sua casa, serviço, busão.
Continuem conferindo o resto da lista clicando nos links abaixo:
| Nada Pop (01 a 17) | Subverter (18 ao 34) | Rock Ex Machina (35 ao 45)|
| Licor de Chorume (46 ao 56) | Papo Alternativo (68 ao 78) |
| Músicombo (79 ao 89)| Canibal Vegetariano (90 ao 100) |
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Resenha: Dead End – Free From Society [EP]
Mesmo tento perdido o show do Gorilla Biscuits, procurei
saber das bandas de abertura. Eis que me deparo com Dead End. De São Paulo, Vegan, Straight Edge, lançam seu primeiro
registro, chamado “Free from Society” com 8 musicas pesadas com temas que
abordam desde legalização de drogas a sexismo.
Introduzindo com a instrumental “xVx” temos logo de
cara a guitarra pesada com aqueles riffs clássicos do estilo. Logo em seguida “Nation”,
com o baixo dando o tom veloz da música e sendo seguido de perto pela voz
gritada da vocalista Marília. Destaque
também pela letra “Don't you ever think
about women and children made as slaves?/By drug dealers, the police, and all
the politics/Legalization is an illusion/Capitalism dictates what you sniff,
what smoke and what you put in your veins”, trazendo uma nova ótica,
relacionando o consumo de drogas com a violência contra crianças e mulheres.
“Keep This Flame Alive” vem correndo, veloz e
gritada trazendo uma mensagem positiva para os adeptos do Straight Edge
” Commitment that can't be broken
till death apart us
Stay faithful ‘cause this won’t be a
season of our lives
You will never be alone because we
are here
We will keep this flame alive, we
will meet our goals
We will keep this flame alive, we
will meet our goals
During all my life this will be my
choice
Straight
edge!”
A quarta faixa é “Turn me Down”, uma das musicas
mais porrada do disco, tendo a linha de vocal encaixada muito bem com o
instrumental, dando uma velocidade a mais sem perder o peso. Logo na sequência
vem “The Truth in You”, com a guitarra fazendo a chamada para o som, com muita
velocidade e com direito a coro no “Vegan
Straight Edge, realize!”. Lembrando, outro som trazendo uma mensagem
positiva, principalmente aos SxE.
A faixa que dá o nome ao registro “Free From
Society” não poderia passar despercebida. Ainda com velocidade total, essa
faixa se destaca por momentos rápidos e momentos cadenciados, lembrando também
da letra, coisa muito importante nos gêneros derivados do punk.
“Brave enough to take it, I’ll do
what I want
We’re all the same, respect our
individuality
We can live in peace, freedom has to
come
We're fighting to realize we are
free from society
We won’t let it go
We’ll face it ‘till the end
And it won’t end ‘till I say so
Screw that if you don’t agree
Free from
society”
A próxima e penúltima é “I am not your body”, com a
pegada rápida intercalando com momentos cadenciados. E chegando ao final do
registro “Digging Graves” começa com tudo, na minha humilde opinião, o melhor
riff do disco, tendo um coro em cima dando uma emoção a mais a faixa. E vai a
letra também, porque é importante, leiam.
“I say this game have never been
this shame
To resist consists, beyond changing
the way we think
Our soul can’t grow while we keep
this shallow
Infection in human brain
Society is digging graves with pain
We must to reply
If still many reasons why
The time is running out
Our world is suffering from a
dangerous disease
Gotta overcome through solidarity
Communication and consciousness
Decolonize
and destroy
Capitalism!”
Banda:
Dead End
Disco:
Free From Society
Ano:
2014
Tempo:
13:06 min.
Faixas
- xVx
- Nation
- Keep This Flame Alive
- Turn me Down
- The Truth in You
- Free From Society
- I am Not Your Body
- Digging Graves
Download
e Streaming: http://xdeadendx.bandcamp.com/
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Resenha – Under Bad Eyes – Small Apartments
Em dias nublados, chuvosos (e olha que ultimamente
está difícil aqui para estes lados – São Paulo) eu gosto de escutar coisas mais
tranquilas que o costumeiro hardcore quebra queixo que eu adoro.
Dentro desse nicho do hardcore mais “leve” eu conheci
o EP “Small Apartments” da banda curitibana Under Bad Eyes. Lançado em Maio de 2014. O conjunto tem uma pegada
de Hardcore Melódico com uma pitada de Emotional (mas sem ser aquela caricatura
midiática, que ficou famoso durante um tempo e depois sumiu). Sem mais embolação
vamos para o EP.
Abrindo o disco com “Threat”, temos uma pegada bem
cadenciada que vai pela musica toda, musica curta, mas bem política. Com os
dizeres “Nos tratavam como merda, e a partir do momento que geramos algum
benefício, nos tornamos ouro. Ainda sei quem sou, ainda sei quem você é,
ainda somos inimigos, não se engane” abaixo da letra. Já vemos para o que o
quarteto vem.
“Tired Eyes” tem uma pegada mais rápida, mais
próxima de um HC melódico. O mais legal desta faixa é o refrão, cantado em coro
e de uma forma emocionada, depois de umas duas escutadas na faixa você começa a
cantar junto.
Logo em seguida vem a faixa “God hates us”, titulo
forte, melodia bem marcante. Musica mais rápida e cantada com certo quê de
raiva. Outra musica com o refrão que se destaca “God hates us, but we’re still
here”. Em minha opinião a melhor faixa do disco.
“A special word for you: pendantic” tem um começo
bem legal com um narrador, pelo começo temos umas noção do que está por vir, e
temos certeza ao ler a descrição abaixo da letra “Seus discursos habilidosos
já não me enganam mais. Me sinto aliviado em não sermos nem um pouco
parecidos. Nós não estamos do mesmo lado”. Todos nós estamos cansados de
discursos bonitos na tevê, mas o tempo passa e o que muda?!
Chegando exatamente na metade do disco, a quinta
faixa se chama “Testament”, talvez a musica mais emocionada do disco, e eu
também espero que a morte não seja como subir no elevador com pessoas
desconhecidas. E no encalço de “Testament” vem “Tragedy” que é um belo dedo
apontado para o “erro” da nossa cena: “Devem existir mais de 1000 refrões
falando contra o sofrimento animal, contra a homofobia, contra o racismo, contra
o machismo, contra o capitalismo e contra tudo aquilo que consideramos errado
desde os 16 anos. Qual parte nós ainda não entendemos? Precisamos decorar
menos musicas e agir mais”. Sem mais a declarar.
“Die in the van not in vain”, nome inusitado, e a
pegada sai um pouco do emotional para cair novamente no melódico. Musica curta,
rápida, energia lá em cima.
Terminando o disco, a faixa que dá titulo ao EP “Small
Apartments”. Com a pegada mais emotional, acredito que esta faixa é a angustia
de quase todos quando olhamos para trás e víamos as coisas que dávamos mais
valor. Conversar com os amigos, fazer a própria comida, reclamar dos empregos
de merda. Sem dúvida, uma das melhores musica do disco.
Ao final, temos um EP muito bem trabalhado, tanto
sonoramente quanto liricamente, as descrições abaixo da letra é um diferencial.
Fácil começar a escutar, difícil é parar. Indico para todos que gostam de um
som um pouco mais calmo.
Banda: Under
Bad Eyes
Disco: Small Apartments
Ano:
2014
Tempo:
09:42 min.
Faixas
- Threat
- Tired Eyes
- God hate us
- A special Word for you: pendantic
- Testament
- Tragedy
- Die in the van, not in vain
- Small Apartments
Download e Streaming: http://underbadeyes.bandcamp.com/
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Resenha: Irmã Talitha – E o sentido da vida
No mundo existem varias culturas de resistência, os
anarquistas, os indígenas, os sem terras, os monges, e dentre todos estes eu
considero também as irmãs do convento. Muitas vezes se negando a consumir o que
“mundo” oferece a elas. Nós (me incluo nessa) podemos não concordar com suas
crenças e ideias, mas que é uma cultura de resistência, isso é.
Em homenagem (ou não) Irmã Talitha vem pregando o
Hardcore desde 2005. De São Paulo capital, Wagner (guitarra e vocal), Chubaka
(baixo) e Du (bateria) lançam em 2013 seu mais novo registro. Intitulado “E o
sentido de vida” o disco apresenta, além do Hardcore, uma veia bem Thrash
Metal, tornando o registro ainda mais porrada.
Começando o disco de um jeito debulhador “Trilha do
Fracasso” vem com velocidade abundante, com direito até a cavalgada no refrão.
Vocal rapidíssimo, com letra que nos leva a reflexão:
“Será que tem
coragem para fazer a diferença
Será que tem
coragem para se desafiar
Será que tem
a força pra se livrar das correntes
Será que tem
coragem pra não ser mais uma alma na...
Trilha do
fracasso, trilha do fracasso.
Será que vai
deixar de seguir pra ser exemplo
Será que vai
se deixar abalar
Será que
suporta a pressão pra que desista
Às vezes a
cura incomoda mais que a dor na...
Trilha do
fracasso, trilha do fracasso.”
A próxima é “Homem na Roda”, não tão rápida, mas
também não lenta. Vocal um pouco mais lento, mas agressivo, assim como sua
antecessora, letra curta, que também serve de reflexão. Na sequência “Vai
faltar chão” pega a veia Thrash e trás de volta a velocidade a nossos ouvidos.
Faixa excepcional, uma das mais violenta do disco.
“Indignação” vem com um pouco menos de velocidade,
mas em compensação a letra é muito bem trabalhada, merece figurar por aqui
(alias, todas mereciam, mas tem que escolher algumas):
“Salário
muito alto pra trocar nome de rua
Muita
assessoria pra alguém que não faz nada
Sobra
combustível pra uma máquina emperrada
Enquanto
alunos tem lavagem ao preço do caviar
Governantes legislando
em causa própria
Formando seu
exército de mulas sem cabeça
Privados de
cultura para nunca perceber
Massa
manipulada escrava da diversão
Multas e
impostos, extorquem o cidadão
Mais dinheiro
sujo do que se pode lavar
Enquanto
professor é transformado em subemprego
Dão
condecoração a jogador de futebol
Precisam dos
problemas e da imprensa sanguinária
O medo gera o
voto a cada eleição
Uma vez
eleito lutaria por você
Mas vive
costurando acordos pra não sair do poder”
A próxima faixa “Nada vai me escravizar” é como um
grito pela liberdade, que apesar de nossa vida sofrida, não sucumbiremos. Faixa
feroz na letra e no som, refrão realmente potente, duvido o ritmo de “Nada
vai.... me escravizar” não ecoar no cérebro durante a musica.
“Molecada” tem até trompete, mistura no mínimo
inusitada, mas a questão é que dá um outro toque a musica. Quem sabe não abre a
cabeça dessa “molecada” para refletir seu comportamento em relação ao mundo
real. Quem sabe essa “molecada”, não se empenha em fazer algo pela cena (ou por
outras coisas), falta zine de gente nova, falta banda de gente nova, falta blog
de gente nova, falta gente nova colar nos eventos undergrounds/alternativos. E
fica o nosso apelo. E não digam que eu não avisei, porque, logo vem “Quem
mandou?”, rápida, acida e com um toque de humor em sua letra e som. Faixa no
mínimo divertida de se escutar, e que com certeza vai fazer a felicidade dos
“pogueiros” dos shows por ai.
E finalizando o disqueto, “Carrasco” com uma pegada
mais thrash, lembrando até um pouco Dorsal Atlântica, mas não se preocupe, a
musica não soa como um cover, tendo vários elementos bem próprios da banda.
Chegando ao final, temos a conclusão que a Irmã
Talitha tem muito que pregar pelos porões de submundo contra-cultural do
Punk/Hardcore/Metal. Indico a todos, escutem, apoiem, comprem CDs, adesivos,
camisas, vão a shows.
Banda: Irmã
Talitha
Disco: E o sentido da vida
Ano: 2013
Faixas
1. Trilha
do fracasso
2. Homem
na roda
3.
Vai
faltar chão
4. Indignação
5. Nada
vai me escravizar
6. Molecada
7. Quem
mandou?
8. Carrasco
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Resenha: Mollotov Attack – Resistência
Desde que o mundo é mundo, existe a figura do
opressor e a do oprimido. Gerações e gerações se passaram e as duas figuras
perduram. Mas uma coisa é fato, a força dos oprimidos tem aumentado. Hoje se
tem zines, músicas, sites, jornais, literatura, arte e tudo o mais que serve de
grito para as “minorias” (minorias não em menor número, mas em poder).
Mollotov
Attack vem desse universo, onde os oprimidos tem voz, e como o nome já diz,
tem poder de fogo também. Oriundos de
São Paulo/SP, Bollaxa (baixo e vocal), Wagner (guitarra e backing vocal) e Didi
(bateria) lançam em 2012 seu primeiro disco, “Resistência”.
Sem firulas, sem frescuras a primeira faixa
“Malditos Nazistas” já mostra para o que vem. “Essa é mensagem do Mollotov Attack / Nazi FUCK YOU / Como diria o Ódio
Brutal / Lugar de fascista é no CAIXÃO”. Na pegada veloz e vocal gritado, a
faixa abre bem o disco, agradando o ouvinte sedento pra arrebentar o nariz de
qualquer nazi que apareça pela frente.
A segunda faixa “Traidor” vem com uma intro mais
lenta, mas logo dá espaço para a velocidade característica do hardcore punk.
Letra que é um cuspi na cara dos falsos que temos que lidar na vida.
“Resistência”, faixa titulo do álbum, continua na
velocidade e digo mais, letra tapa-na-cara e acorda, para quem quer jogar a
toalha:
“Siga seu
caminho não vá se entregar.
Nunca se
cale, desamarre a mordaça.
A vida é
curta você tem que aproveitar.
A máquina não
para vão tentar te dominar.
Resistência,
ódio, indignação.
Encarando a
vida com outra visão.
Resistência,
ódio, indignação.
Abriram as
portas da percepção.
A luta não é
em vão, você tem que resistir.
A pressão é
muito forte, vão tentar te trair.
Luxuria,
ganância, cobiça ou poder.
Tenha certeza
só te fará sofrer.
Resistência,
ódio, indignação.
Encarando a
vida com outra visão.
Resistência,
ódio, indignação.
Abriram as
portas da percepção.”
E seguido de “Resistência”, “Atitude” que é,
praticamente, fogo contra o inimigo. “Pedaço
de pano, garrafa vazia, álcool ou gasolina”. “Unidos somos mais fortes / Contra
a alienação / Atitude e revolução”. E sem deixar a violência terminar
“Garoto Mollotov”, preste a te atacar, o sangue em suas veias não para de
pulsar. Som furioso.
E o grito dos oprimidos dessa vez vem com, “Já Basta”.
“Não quero mais a violência / Não quero
mais a injustiça / Não quero mais a exploração / Não quero mais a corrupção”. Velocidade
e gritos de “Não quero mais” e “Já basta” correm pela música toda.
E é chegado a hora do grito definitivo, “O Meu
Grito”, fechando o disco. E essa vem com uma introdução muito bem elaborada,
chamando o ouvinte para a roda de pogo. “Liberdade,
união / Igualdade. Indignação / Em uma só voz, iremos gritar / Mais e mais, até
a guerra acabar”.
Definitivamente, discão. Incansável. Impossível não
cantar umas 3 ou 4 musicas junto. Mistura de Hardcore e Punk furiosa.
Banda: Mollotov
Attack
Disco: Resistencia
Ano: 2012
Tempo: 16:00 min.
Faixas
1. Malditos
Nazistas
2. Traidor
3.
Resistência
4. Atitude
5. Garoto
Mollotov
6. Já
Basta
7. O
Meu Grito
Streaming:
https://soundcloud.com/mollotov-attack
domingo, 17 de agosto de 2014
Evento: Magrudergrind em Leme/SP
Xaninho Discos & Blasted Flag Prod. apresentam:
MAGRUDERGRIND em Leme/SP
Bandas:
Magrudergrind - Grindcore - Brooklyn, NY/EUA
www.facebook.com/MagrudergrindOfficial
Desalmado - Grindcore - São Paulo/SP
http://desalmado.bandcamp.com/
Meant to Suffer - Grindcore - Araras/SP
http://meanttosuffer.bandcamp.com
26 de Novembro de 2014
Quarta-feira - 19:00h
R$ 15,00
Local: Sede Kaiowas M.C.
Av. 29 de Agosto, 1259
Centro - Leme/SP
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Evento: Thrash Attack Interior - Leme/SP
Bandas:
Critical Fear - Iracemápolis
pt-br.facebook.com/critical.fearthrash
Bad Taste - Campinas
pt-br.facebook.com/badtastecampinas
Truehell - Americana
pt-br.facebook.com/TrueHellOfficial
Dia 12 de Setembro de 2014 (Sexta-Feira)
19 horas - Entrada R$ 10,00
Local: Kaiowas MC
Av. 29 de Agosto, 1259 - Centro - Leme/SP
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Resenha: O Grande Ogro – O Grande Ogro
A arte é um veículo de expressão. Dentre todos os
“tipos” de arte a literatura, via de regra, é a mais compreendida. A música,
por meio das letras, também. Mas como é se expressar somente por sons, sem
emitir nenhum símbolo de fácil compreensão?
O Grande
Ogro, trio paulista de rock instrumental, formada por André Astro
(guitarra), César Carlos (bateria) e Genésio Alves (baixo), tem esse objetivo,
expressar sem dizer uma palavra. E em 2013 lançam seu primeiro EP, auto
intitulado.
Abrindo o disco com “Metal Frio”, das cordas graves
ao som estridente da guitarra. Som cadenciado, riffs marcantes permeiam por
toda a faixa. Logo na emenda vem “Sou mais esperto que a maioria dos Ursos”,
com a guitarra emitindo sons desajustados e baixo com notas graves, dando um
tom obscuro ao som. Quase na metade da faixa ela começa tomar mais velocidade
tendo quase um final dançante (você movimentara a cabeça para cima e para baixo
lentamente, mas ainda não como um bate-cabeça do metal).
“Robert Garcia” é o nome da terceira faixa do
registro e ela, como sua antecessora, vem grudada, fazendo o disco parecer uma
coisa só. E na mesma pegada que as outras, o baixo vem dando o tom, a guitarra
vem na sequencia pra deixar o som mais denso ainda. Com alguns riffs mais
agudos por parte da guitarra a faixa parece ter um tom mais sereno que as
outras faixas anteriores (apesar de ter passagens densas como as outras).
E finalmente, “Obcecado pela vida decidiu
alimentar-se para não morrer” (eita nome comprido) fecha o disco com um som
mais denso e sujo que os outros, lembrando um pouco o grunge e o stoner dos
anos 90.
O Grande Ogro, assim como o nome diz, lembra o som
de um grande monstro caminhando pela superfície da terra. Denso, sujo, pesado.
Pra adoradores de musica instrumental nessa pegada rock sujo é um item
indispensável em sua biblioteca musical.
Banda: O
Grande Ogro
Disco: O Grande Ogro
Ano: 2013
Tempo: 11:42 min.
Faixas
1. Metal
frio
2. Sou
mais espero que a maioria dos ursos
3.
Robert
Garcia
4. Obcecado
pela vida decidiu alimentar-se para não morrer
Agenda:
16/08 – São Carlos
19/09 – Pinheiros
16/11 – Lapa
Streaming:
https://soundcloud.com/ograndeogro
*Link disponibilizado pela própria banda
terça-feira, 29 de julho de 2014
Resenha: Luta Civil – Mentiras e Piadas
Vivemos tempos áureos de democracia se for olhar
para trás e ver tudo o que foi feito por movimentos sociais. E ainda temos
muito que fazer para chegar a um nível democrático bom para todos. É nesse
sentido que se dá a luta civil. Luta civil pode ser qualquer reunião de pessoas
que tem uma reivindicação (uma agenda) em comum. É com esse entusiasmo que se
dá o Luta Civil, banda de punk na
ativa desde 2011. E em 2014, Leo Moraes (guitarra e vocal), Maurício Martins (baixo
e vocal) e Eduardo Coes (bateria) lançam seu primeiro álbum, “Mentiras e
Piadas”.
Começando com “nananana, iêiêiêiê,laialaialaialaia,
uôuôuôuô” indagam “POP pra quê?”, pois “escutar sem refletir/cria um bando de
alienados/cérebros cheios de merda”. Letra ácida, musica rápida, com a pegada
bem punk clássico. Em seguida “Eu quero (Trilha Sonora Rock n’ Roll)” tem uma
levada mais lenta e uma letra mais divertida, acompanha qualquer cerveja,
cachaça, cigarro ou vinho seco. Na sequencia, chamada pelo baixo, a musica
titulo do álbum “Mentiras e Piadas”, solos de guitarra totalmente fora de
padrões musicais midiáticos, boa sequencia para a letra que denuncia esse bando
de bons mocinhos business/funcionários do mês que dão até vontade de vomitar.
“Dependência” é mais hardcore, mais agitada, mais
rápida, mais curta, mais agressiva, mais violenta, mais anti-emprego, mais me
deixou sem fôlego. E depois da pogação
gerada por dependência vem “Mosh”, com uma sonoridade mais engraçada, e lenta,
mas que com o passar do tempo a velocidade vai crescendo, crescendo, até chegar
no refrão e “Abra os braços, preste
atenção!/Se cair, não passa do chão!/Ter coragem é para quem pode/Pula aí e vê
se não morre”.
Na sequencia e voltando a botar o dedo na ferida,
“Outra Resposta” vem para questionar o comportamento para o pensamento escroto da maioria das pessoas, “Dinheiro para comprar/Mulheres para
sair/Carros para correr/Drogas para usar”. Tudo isso ainda, na pegada punk
rock. “Inaceitável” vem rápida e agressiva, bem no sentimento de levantar o
dedo do meio para o sistema.
“Noticias do Fim Novamente”, para mim, é a musica
do álbum, uma batida mais lenta, voz um pouco mais melodiosa, letra muito bem
trabalhada, refrão cativante.
“Lutar,
viver, sofrer, sonhar
Vivendo por
alguns minutos
Ideias para
construir uma razão sem se perceber
Nos vomitam
novas teorias de miséria e fome
Enquanto
alguns carregam um grande peso em suas costas
Esperando por
um prometido paraíso ao lado de Deus
Daqui se vê
um grande temporal
Com nuvens negras
vindo em nossa direção
Saiam das
ruas, fechem às portas
Esperem por
notícias hoje na TV
Miséria e
caos, MST
Sempre foi
muito mais fácil não pensar
Agricultura,
economia nunca fizeram muito parte da sua vida
Agora fale
suas bobagens para todo mundo rir!
Se eu te
perguntar sobre quem é você
Será que você
vai saber o que dizer?
Nada mudou,
somos novos moralistas”
Chamada pela bateria, “Lixo Humano” vem rápido a
anunciar o nosso desprezo pelos menos afortunados. Quantos de nós atravessam a
rua ou viram os olhos quando avistamos pedintes. Contudo, eles são vitimas,
muitas vezes, vitimas do que fazemos para ganhar nosso dinheiro.
“Porra nenhuma” é o que questiona nossos valores e
o que realmente precisamos, será que precisamos de uma boa formação? Será que
precisamos de um bom emprego? O que é uma boa formação? O que é um bom emprego?
Será que precisamos de todas estas merdas para uma vida real, ou só para uma
vida de mentira, uma vida alinhada ao que a “sociedade” quer que a gente seja.
E chegando ao fim do álbum, “País dos Miseráveis”,
trazendo à revolta que gera essa Luta Civil, desmascarando tudo aquilo que está
errado nesse país. Onde a justiça vale para uns e para outros não, onde os que
mais julgam são os que mais erram.
Chegando ao final da audição temos um álbum ótimo,
punk rock de primeira, letras ácidas, som rápido, guitarra suja. Registro
indispensável na coleção.
Banda: Luta
Civil
Disco: Mentiras e Piadas
Ano: 2014
Tempo: 28:10 min.
Faixas
1. POP
pra quê?
2. Eu
quero (trilha sonora Rock n’ Roll)
3.
Mentiras
e Piadas
4.
Dependência
5.
Mosh
6.
Outra
Resposta
7.
Inaceitável
8.
Notícias
do Fim Novamente
9.
Lixo
Humano
10.
Porra
Nenhuma
11.
País
dos Miseráveis
Streaming
e download: http://lutacivil.bandcamp.com/
terça-feira, 22 de julho de 2014
Resenha: Meivorts – Autocontrole
Os dias vão se passando, a idade vai chegando, a
correria aumentando. O tempo passa e a manipulação midiática continua. Apesar
de todas as investidas da grande mídia o número de pessoas questionadoras
aumenta. E o punk/hardcore desde seu inicio no final dos anos 70 teve papel
fundamental. Bandas começaram, bandas terminaram, mas a resistência ainda
continua. Até mesmo bandas mais novas que misturam melodia, hardcore e metal
detêm o pensamento crítico para poderem contestar e não serem somente mais uma
ovelha a pastar.
Nesse contexto surgi em Valinhos/SP (mais uma
representante do Interior Hardcore) a banda Meivorts. Formada por Vih (v), Gui Trento (g), Diego Kirk (g),
Carlos (dr) e GC (bs), lançam seu segundo EP, intitulado “Autocontrole”, gravado
entre março/2014 e abril/2014 no Chapola Studio e distribuído pela Motim
Records. Uma mistura de hardcore, punk e metal, com influências de bandas como
Offspring e Bad Religion, com letras políticas que nos fazem pensar sobre a correria
do dia-a-dia, a manipulação da mídia e dilemas pessoais.
Abrindo o disco “Chega” tem pouco tempo para
introduções. A letra começa “Estamos
juntos nessa,/sem forças pra dizer... /Sem forças pra lutar/ou até mesmo pra
esquecer.”. Musica com uma pegada rápida, no estilo “tu-pá”, com algumas
passagens grooves, mostrando uma influencia do metalcore. Guitarras muito bem
trabalhadas, com solo e riffs rápidos e com bastante melodia.
“Autocontrole” é a faixa que dá titulo ao EP, e já
começa com uma abertura mais “emocionada”, só
na guitarra e depois acompanhada pelos demais instrumentos. Interessante que o
riff de abertura contrapõe o instrumental, que começa com uma pegada mais lenta
e depois ganha velocidade. A faixa continua nessa toada, emocionada, lenta,
rápida. Outro fato marcante e raro é um solinho de baixo.
A terceira faixa é a “O que vai ser então” e já vem
com velocidade total. Bastante melodia e bastante tupá-tupá. Final bem rápido e
pesado. Letra ótima, mensagem bem clara. Foi a faixa que mais gostei, Escutei
umas pá de veiz.
“Decisões a
tomar, acordos pra fazer
Milhões de
vidas pra enganar
e uma imagem
de inocente na TV
o que te faz
pensar que eu acredito em você?
Vejo
claramente a hipocrisia
transmitida
pelos seus próprios erros
O que vai ser
então? Devo omitir enfim?
A minha vida
em vão... Caminhando para o fim”
Quarta e ultima faixa, “Preso na própria
liberdade”. Seguindo na velocidade da faixa anterior, esta só cadencia no
momento em que o instrumental dá espaço a voz. A faixa intercala momentos
pesados, momentos cadenciados e momentos rápidos. Tudo isso em perfeita
sintonia. Instrumental que encaixa perfeitamente com a mensagem da letra.
“Há muito
tempo nos é imposto como devemos ser
O que usar,
como vestir... sempre ditando regras!
A minha vida
não é um jogo para ser apreciado
Por jogadores
milionários, NÃO!
''Não há
discursos e nem palavras.
Que me façam
desistir.
Quando eu
cair e houver flores.
Não haverá
bandeira pra me cobrir.''
Vivo em muros
altos e invisíveis que não tem como sair
Só há uma
escolha a fazer
Aprender a
viver e aceitar!
Não existe
humildade, não existe compreensão
Vejo apenas
falsidade e uma eterna detenção pra mim!”
Chegado ao fim da audição temos a conclusão de um
EP ótimo, com boas doses de velocidade e peso, isso sem mencionar na técnica de
todos os músicos envolvidos, que fortaleceram mais ainda qualidade do registro.
Sem sombra de dúvidas, disco pra se ouvir todos os dias, item indispensável na
coleção/HD de todo amante do gênero.
Banda: Meivorts
Disco: Autocontrole
Ano: 2014
Tempo: 11:42 min.
Faixas
1. Chega
2.
Autocontrole
3.
O
que vai ser então
4.
Preso
na própria liberdade
*Link
disponibilizado pela própria banda
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